Estou de passagem neste mundo,
Mas deixo aqui o registro de minhas palavras.
Eu sou o peregrino do tempo.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
por Guilherme Sandi
Quando um novo livro é lido, eu penso: haverá, a bem da verdade, idéias novas que são originalmente produzidas no senso criativo de um ser humano ou tudo que é criado em verdade é uma poda a bel-prazer do suposto criador para que o que já existe persista em sua existência, mas com um contorno próprio de quem lhe leva a autoria?A estrutura da pergunta que me fiz é a mesma dos questionamentos de Elaine de Voltaire, personagem principal do romance Diário da Sibila Rubra: O retorno das bruxas e personagem secundária do romance Clube dos Imortais: A nova quimera dos vampiros, como prova de que, tendo acabado de ler tais dois livros na seqüência supramencionada, a forma dos íntimos questionamentos da sibila rubra em tela se fez presente em minhas próprias inquirições.Ambas as narrativas, escritas por Cristiano Marinho, mais conhecido pela alcunha de Kizzy Ysatis – segundo ele, o prenome oriundo das sílabas desconexas de uma donzelinha que não pronunciava o nome de nascença do escritor corretamente e o sobrenome proveniente de uma deliciosa fragrância – trazem consigo a figura mitológica do vampiro como personagem fascinantemente primordial para o desenrolar das tramas.
No entanto, a união das irmãs bruxas e de Thomas, o único rapaz, é feita de forma tão delicada, fazendo tudo criar ar de lenda, que, aliás, é o mote inspirador para as ocorrências do livro, parecendo-me que toda e qualquer tentativa de sobrenaturalidade paira no âmbito dos contos e causos populares que são incansavelmente contados no interior do país, com todos os amedrontamentos e fascinações que lhes são íntimos.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Sites de notícias usaram a frase “supostamente agredidos”. Queria que os sujeitos que colocaram a notícia no ar passassem no site do Kizzy e vissem a foto dele. Tem alguma dúvida de agressão?
Por fim, sou escritor, roteirista, resenhista, compositor, tradutor. Sou quase 100% do meu dia um comunicador. Pergunto para os meus colegas de profissão, do que adianta ter voz e não se manifestar numa hora dessas?
domingo, 6 de setembro de 2009
Na manhã do dia 04 de setembro fui severamente espancado por seguranças na boate A Loca
As providências legais serão tomadas. Cada uma delas. (por enquanto é isso).
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
KAORI – Perfume de Vampira
Um choque de culturas, combinação de estilos num caldo japonês de terror, humor, erotismo, ação e beleza no romance que promete ser uma das principais referências da literatura do gênero no Brasil.
Por Kizzy Ysatis
Há anos, a escritora Giulia Moon vem mantendo as livrarias enriquecidas com boas histórias de terror. Sejam com vampiros ou não. As capas de suas obras, carregadas em vermelho, fizeram com que eu sempre a chamasse de A Dama Rubra do Terror. Giulia contava pela WEB, e seus contos se destacaram a ponto de publicá-los finalmente em papel. Daí tivemos Luar de Vampiros, Vampiros no Espelho & Outros Seres Obscuros e A Dama Morcega. Todos livros de ótimos contos. Contos que também pudemos conferir nas antologias Amor Vampiro e, mais recentemente, no Território V. Temos duas novidades na nova publicação de Giulia: primeira, ela retoma suas raízes japonesas; e, segunda, ela estréia seu primeiro romance: KAORI, Perfume de Vampira (Giz Editorial, 2009).
O livro narra a trajetória de Kaori, uma adolescente cuja beleza, estonteante, só não provoca mais que seu perfume, próprio-cativante. E está justamente aí o significado de Kaori: fragrância, traduzido do original em Japonês. No Japão do período Tokugawa, o fascínio de Kaori apetece uma cortesã, a poderosa e terrível, Missora, okami-san (proprietária) do Kinjurô, que pretende transformar a garota na atração máxima de sua casa de prazeres. Paralelamente, na agitada São Paulo de nossos dias, temos as desventuras de Samuel Jouza (sim, com “J”), um vampwatcher (observador de vampiros) que trabalha para o IBEFF, Instituto Brasileiro de Estudo de Fenômenos Fantásticos (uma espécie de Talamasca tupiniquim) e que cai em desgraça ao se meter entre um nosferatu e seu alimento. Samuel tem uma profissão perigosíssima e precisava manter-se longe de olhos imortais e hematófagos, mas não é bem assim que as coisas acontecem nas histórias de Giulia Moon.
Esse é só o ponto de partida desse livro que está mais para uma montanha russa, cheia de curvas e reviravoltas, enriquecendo os curiosos com os significados dos termos e objetos japoneses citados no livro. Outro ponto alto são as criaturas mitológicas do folclore japonês, aqui repaginadas pela autora à moda Gaiman. Não parando por aí, a senhorita Moon cria suas próprias criaturas, os Famélicos, esses são de dar medo. São cães, grandes e escuros, que vivem das sobras deixadas pelos vampiros, longe de ser confundidos por lobisomens, são párias parasitas fantasmagóricos de rosto comum metidos em andrajos. Uma negra gorda, catadora de latinhas a virar uma esquina, sai de lá na forma do cachorrão, mas ninguém é capaz de notar, é bem Fantasia Urbana, que, como ouvi do Eric Novello, além do espanto que causa, tem boa nota de humor, em algumas cenas, ao menos nessas que se passam na urbe jesuíta; tirando as cenas dos pavorosos famélicos, claro, nessas não há nada de engraçado. Nos famélicos residem as cenas mais assustadoras. Terror, terror, terror.
No estilo, mora mais um truque usado por Giulia, esta danada. Para separar o clima e o tempo entre as tramas, ela desenvolveu um estilo singular para cada uma das partes, partes estas que nos são apresentadas em sequência, o livro não está dividido ao meio com duas partes distintas, ele é misturado. Um pé no Brasil, outro no Japão. Mas antes que eu fuja demais ao que dizia, voltemos ao estilo que distingue as cores narrativas. No Japão a narrativa é cinza, melancólica, arrastada, tensa. Muito tensa. Até nas lutas samurais. O suspense na parte do Japão sombrio nos embala a ponto de querer pular as partes de São Paulo para saber o que vai acontecer. Mas não façam isso, ele foi feito para ser lido desse jeito, é só ler o primeiro parágrafo da parte paulistana para lembrar que também foi abandonado num momento de tensão no capitulo anterior. Sim, na parte contemporânea também há o suspense, mas também há o colorido: o vampiro gay e estiloso, o vampiro burro e brutamontes, a mocinha em perigo, o mordomo afetado, entre outros personagens. A agitação fica por conta da rave celebrada na estação abandonada do metrô, intitulada Bloody Station. Na parte moderna da trama, a ação ininterrupta, como disse antes, tem aquela pitada de humor, mas vale lembrar que este humor está na dose certa, no final quase vaza, mas é isso que faz de Kaori, um desses livros que a gente nunca esquece. Agridoce, como alguns pratos orientais, e que deixa, ao final, um gostinho de quero mais.
ÀS 19:30 DE HOJE (03 DE SETEMBRO), NA LIVRARIA SARAIVA DO SHOPPING PÁTIO PAULISTA, VOCÊ TEM UM ENCONTRO COM KAORI. NÃO PERCA A NOITE DE AUTÓGRAFOS, EU ESTAREI LÁ.
Kaori, perfume de vampira
Giulia Moon
Giz Editorial
371 páginas
R$ 39,90
terça-feira, 1 de setembro de 2009
kizzy ysatis
O CLUBE DOS IMORTAIS está ESGOTADO
[POST ATUALIZADO]
Fiquei sabendo hoje pela editora Novo Século que o Clube dos Imortais está esgotado. Tem menos de 40 livros no estoque. Quem não tem, só encontrará os últimos gatos pingados que ainda restam em pouquíssimas livrarias ou sebos. Não autorizei 2ª edição. Clube dos Imortais acaba de entrar para o hall das raridades. Quem leu, leu; quem não leu, pega emprestado. Quem tem, tem; quem não tem, só vai achar se tiver sorte ou souber procurar.
Boa caça!
...................
Me perguntaram no Orkut, por que não autorizei a 2ª edição. Antes que me façam essa pergunta, já respondo aqui.
Tudo vai depender do 3º livro da série: LEÃO NEGRO, que tem apenas 100 páginas escritas e que só vou desenvolver no ano que vem, para publicar em 2011. Dependendo de como ficar o livro, talvez eu coloque um trecho dos outros na próxima edição do Clube. Tem também a questão das capas, não sei se o LEÃO NEGRO terá mesmo essa capa que está aqui, é provisória. Não sei se será o mesmo capista do livro das Sibilas (este as pessoas gostaram muito). Depois que terminar o 3º é que vamos resolver a 2ª edição do Clube, O QUE PODE LEVAR ANOS!!!!!!!
LEÃO NEGRO - A busca pelo vampiro Luar © by Kizzy Ysatis
SINOPSE: Leão Negro é a parte final da trilogia de O Clube dos Imortais. O vampiro Luar adormeceu há quase uma década, seu trono está vazio e suas terras agora são veladas pelos guardiões, um pequeno exército de cem lobisomens conhecido como A Alcateia Negra. Montserrat, um vampiro megalomaníaco e com sede ilimitada de poder, planeja invadir a mansão de Luar e reativar o extinto clube dos imortais, ele crê que só assim se tornará o senhor do paralelo noturno. Para isso, cria sua própria confraria de vampiros que pouco a pouco vão eliminando os lobisomens. Marta, mulher por quem Montserrat é apaixonado, tornou-se a última das Sibilas Rubras, uma antiga família de bruxas cuja origem remonta ao Império Romano. A batalha final se aproxima e, para salvar Fausto, seu pai e líder da Alcateia, a sibila enxerga apenas uma alternativa: encontrar e acordar o temível vampiro Luar.
ASSISTA ALGUNS MOMENTOS DO LANÇAMENTO DO TERRITÓRIO V
Uma interessante matéria do site Vitrine das Idéias.
Mas é bom aumentar o volume, a casa estava lotada e a cacofonia limita a audição.
Foi maravilhoso rever esse momento mágico por outro olhar.
A rara arte de sonhar
Fui alertado pelos meus amigos e mestres, Flávia Muniz e Octavio Cariello, a nunca falar dos meus projetos invisíveis, aqueles que estão ainda na imaginação.
"Kizzy, eles estão no Reino do Ainda Não. E se estão no Reino do Ainda Não, significa que ainda não existem". Foi a Flávia que me disse isso e ela está coberta de razão.
Tem neguinho que pode surrupiar nossa ideia e isso não é raro.
Tem editora que pode dar pra trás. Nossa, tem tanta coisa.
A Flávia proibiu terminantemente de falar de nosso projeto, então está em segredo. Absoluto.
O que também não deixa de ser uma boa divulgação, essa aura de mistério que existe sobre nossa cria, que é diferente de tudo que já vi e já fiz.
Apesar do livro estar pronto e juridicamente protegido, estamos naquela fase especial que o cinema chama de pós-produção. Quanto mais pós-produção, ou acabamento, se preferir, mais requintado fica. E é esse o produto final que vamos oferecer ao grande público, portanto, aguardem. Espero parar de mexer nele até o final do ano, apesar de uns tontos dizerem que esse processo desfigura a obra ou a descaracteriza. Bobagem, o bom acabamento seria, numa construção, a colocação de bons pisos, tapeçarias, paisagismo, pintura de qualidade. Tem de estar no prumo. Vai estar.
Agora, tem um outro que está prontíssimo, já falei aqui e volto a falar para não se esquecerem, A Tríade.
Não vou falar de data de lançamento, porque ainda não está definido.
Mas o filho está encaminhado, se não sair no final deste ano, o que acho improvável, sai no próximo.
Afinal, esse ano já lancei o Território V, e ainda tem aquele da Escala, o Amanhecer dos Vampiros. Nunca vi uma antologia ser fabricada tão rápida, mas não se preocupem, os contos são antigos e bem tratados pelos autores. O meu, Eterno Castigo, é de 2005. Apenas o revitalizei. Afinal, que Cristo escreveria um conto de 12 laudas e com qualidade em apenas uma semana?
Mas voltando À Tríade, deixo um gostinho.
A sinopse e a belíssima capa concebida por um dos quatro autores mosqueteiros, Mr Octavio Cariello.
"Não tema nada, a morte é destino do homem"
O tamanho das pernas
Nada tem a ver com velocidade.
Pois os gnomos correm
Os homens caminham
E os deuses voam
Quando os deuses caminham
Os homens correm
E os gnomos morrem
Quando os gnomos morrem
Os homens choram
E os deuses descansam
Quando os deuses descansam
Os homens alcançam
A magnificência mansa
Do voo livre
Essência da dança
Kizzy
18/10/01