Estou de passagem neste mundo,

Mas deixo aqui o registro de minhas palavras.

Eu sou o peregrino do tempo.


sexta-feira, 16 de março de 2007


Eu sei porque Cristo está pregado na cruz
Um ponto de vista filosofal e não religioso


Eu sei por que Cristo está pregado na cruz, nas igrejas e em nossa memória. Mesmo que não pensem assim... Ele está sempre lá. Está até hoje e sempre estará – pregado. Ele se comprometeu a isso; sofrer por nossos erros. Não pagar por eles, ao passo que isso nós mesmos o faremos.

Cristo estará sempre fadado à cruz, mesmo após ter sido morto, ressuscitado e subido aos Céus. Lá, de onde ele está. E quando o fardo deste mundo aumenta, ele volta para a cruz. Este é o único preço que Deus paga por ter criado o homem e ter lhe dado o direito de escolha.

Esta cruz de que falo – é uma cruz simbólica, representa a dor de Cristo.

A dor que Ele sente é muito maior do que a que sentiu na cruz. Uma dor divina. Poderíamos estar todos no Céu agora, felizes. E o pobre do diabo estaria em paz, livre da sua trágica tarefa eterna. Poderíamos estar no Céu e ser anjos. Nós somos anjos.
Anjos sem asas.

As asas de que falo – são asas simbólicas, representam pureza, paz, liberdade.

Nada delas sabemos ou entendemos. O cristianismo é inverossímil, não se ajustará nunca à humanidade e vice-versa, é uma grande mentira, um erro histórico jamais admitido ou corrigido, não dá para coexistirem sem dar em merda (apocalipse). Ou é um. Ou é outro.

Ou então, é um grande acerto histórico jamais admitido ou corrigido. Uma simples desculpa para a guerra.

(Gosto de lembrar que é desculpa para Arte, mas a Arte não tem desculpa, ela acontece e é um assunto à parte.)

As guerras de nossa época não limpam o mundo de nós, como outrora, apenas sujam o mundo para nós.

Mas o que suja mais é a preguiça da gente!

Kizzy Ysatis,
São Paulo, 07 de maio de 2001

terça-feira, 13 de março de 2007

O escritor e sua amiga Lua Ysatis no Madame Satã

FÁBULA DA COBRA E DO VAGA-LUME.

A cobra perseguia, incansável, o vaga-lume, que esforçou-se muito para escapar, mas quando não agüentava mais ele parou e disse:
“Dona Cobra, posso te fazer uma pergunta?”
“Não costumo abrir exceção, mas pode.”
“Faço parte da sua cadeia alimentar? Ta faltando comida na praça? Fiz algo que te perturbou?”
Ela respondeu:
“Não. Não e também não”
Aí o vaga-lume quis saber:
“Então por que me persegue?”
“É que não agüento ver você brilhando.”

quarta-feira, 7 de março de 2007


ANIMAIS MECÂNICOS E SEUS PEQUENOS DELITOS QUE SÃO CRIMES

Tem de se sair do comum porque alguns indivíduos atrasados, mentalmente deturpados pela maioria massificada, se esquecem que os maiores crimes da humanidade foram cometidos de comum acordo com a maioria.
O método do roubo isenta o ladrão?
Perco muito tempo ouvindo a desculpa “Faço sim! eu e mais uma centena de pessoas”. Se o crime é compartilhado deixa de ser crime? Onde fica a ética? “Mas é uma coisinha de nada”, mas como? se conhecemos quem possui valor pelas pequenas coisas.
Falam de Barrabás, mas estão no meio do mesmo povo que gritou por ele.
Hipócrita? Todos nós somos, mas todo dia temos a mesma chance de subir mais um degrau para a utópica perfeição. Ninguém é perfeito e utopia é sonho. Mas tão belos que são os sonhos que nos fazem agir por eles e assim evoluir.

Kizzy Ysatis
São Paulo, 7 de março de 2007