Estou de passagem neste mundo,

Mas deixo aqui o registro de minhas palavras.

Eu sou o peregrino do tempo.


quinta-feira, 28 de dezembro de 2006


No camarim com o amigo Mestre do Terror e LizVamp uma vampira mais que especial que mora no meu coração.

Vampiros no cinema nacional. Utopia ou uma realidade que se aproxima?

EXTRA!!! NOVIDADE PARA QUEM QUER FAZER CINEMA. CURSO DE CINEMA E VÍDEO. DURANTE O ANO LETIVO OS ALUNOS PARTICIPARÃO DO LONGA-METRAGEM DE LIZVAMP. AULAS COM ALGUNS DOS MELHORES PROFISSIONAIS ATUANTES, ENTRE ELES O CIENASTA JOSÉ MOJICA MARINS (ZÉ DO CAIXÃO). VAGAS LIMITADAS, MATRÍCULAS ABERTAS. INFO. 3251-3222 / 3253-1554
Fim do ano da alvorada, preparem-se para a nova!

Mensagem de fim de ano do Kizzy

Que os raios do desejo e da força de vontade se envolvam, únicos, a fazer o fazer acontecer, de modo que a colheita seja proveitosa e a alma se jubile disso.

Esses são os votos sinceros do amigo Kizzy Ysatis - Dez de 2006

Dos vampiros aos menssageiros...

sábado, 23 de dezembro de 2006


Kizzy ysatiS na Casa das Rosas (foto by Rodrigo Pinkovai)

O relato da Sibila acerca dos vampiros (trecho cortesia)

“Uma entidade viva na fronteira do além, alguém que já havia morrido no século XIX, uma criatura amaldiçoada, um chupador de sangue. Alguém que dura para sempre porque foi proibido de morrer e de viver; de entrar no céu, no inferno ou de ser um mero fantasma. Um monte de carne enfeitiçada guiada por um espírito corrompido, amargurado que não se conformou com a derrota.

“É isso que o vampiro é. Uma falsa tentativa de uma segunda chance, uma fraude, uma mentira ambulante e condenada. Alguém que caiu na própria armadilha e afundou num abismo sem volta, num buraco eterno, uma prisão, porque optou por impulso no ímpeto da dor suprema e da máxima vergonha. Não me cabe julgá-los, mas se assim fosse, não os culparia.

"Penaliza-me saber que ao vampiro não existe redenção. Estão fadados à eternidade sem-fim, até que tal fato não lhes pareça mais uma boa idéia. Se, da imortalidade, farão algo bom ou ruim, não importa. O tempo infinito é tudo que lhe resta se for um vampiro. É capaz de imaginar maior tortura?”

C L U B E D O S I M O RT A I S, A Nova Quimera dos Vampiros – págs 204/ 205.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006


O cemitério da consolação

O que há de tão mórbido
Na fria beleza de São Paulo?
O cinza do céu e do concreto
Um futuro incerto

Na Consolação existe um cemitério
Que não consola os anjos que lá choram
Não há nefasto mistério
Os sonhos permanecem, mas alguns se foram.

Imagens vivas em concreto imóvel
Contemplam almas que daqui partiram
Segredos guardam sobre a outra vida
Por entre sombras que nunca se viram

São Paulo traz em si o movimento
De cada ser que possa abrigar
São Paulo tem guardada em cada pedra
Uma ruína sempre a renovar

Beleza opaca tem o cemitério
Vastas fortalezas de silêncio império
Em cada rosto que por lá se esconde
A triste ânsia de buscar o etéreo

Alguns por lá foram esquecidos
Outros constantemente visitados
Noturnos de preto vestidos
Poemas de poetas calados

É lá que todas as diferenças somem
É lá que a vida cumpre o seu destino
É onde muito velho morre homem
Qu’é pr’um dia renascer menino

Simplicidade, luxo, pedra, mármore
Sempre saudade no Consolação
Talvez na morte se conheça a vida
Talvez São Paulo tenha um coração

Que não consola os anjos que lá choram
Mas que nos ensina uma lição
E desejamos aos que já se foram
Que na morte encontrem libertação

O que há de tão mórbido
Na fria beleza de São Paulo?
Gente morta que nunca viveu
Gente viva que já morreu


Kizzy Ysatis & Rafael Alfieri
São Paulo, 1999

sábado, 16 de dezembro de 2006


“Olha, gente.

“Eu conversei aqui com Kizzy Ysatis.

“O extraordinário é que esse rapaz, com de 29 anos, ele escreve um livro sobre um tema, que é um tema geralmente marginalizado apesar do Bram Stoker, de grandes escritores terem se dedicado a esse tipo de literatura como Edgar Allan Poe... Enfim, um mooooonte de escritores sempre foram fascinados por esse tema, e ele faz um livro da maior qualidade sobre esse tema, que é difícil. E ganha um prêmio importante (isso eu acho fantástico) que é o prêmio Rachel de Queiroz, do ano passado, pela União Brasileira de Escritores. CLUBE DOS IMORTAIS, A Nova Quimera dos Vampiros.

“Eu vou levar e começar a ler HOJE!”

Jô Soares
Programa exibido na noite de 14/12/06


Vampiro no Programa do Jô

Kizzy Ysatis, escritor especialista em vampiros é o primeiro escritor nacional a receber um prêmio de literatura com um romance de vampiros, o prêmio Rachel de Queiroz da UBE - União Brasileira de Escritores. Ysatis concedeu entrevista nesta quinta dia 14/12/06. Confira o vídeo com a segunda metade da entrevista no Youtube.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Trevas: maquiagem e trajes vitorianos compõem o visual fantasmagórico de herdeiros de Drácula como Kizzy Ysatis, Lua e Lord A. (a partir da esq.)
Modismo
A volta dos vampiros

Inspirados em filmes e histórias de horror,jovens retomam o culto aos mortos-vivos

Por Camilo Vannuchi

As criaturas da noite estão à solta. Caminham de sobretudo, freqüentam festas góticas e nutrem especial admiração por caninos pontudos. Em pleno século XXI, sites e blogs substituem as antigas sociedades secretas e abrigam caloroso debate sobre temas tão corriqueiros quanto os perigos da luz do sol e os novos filmes de terror. Segundo o livro Vampyres: quand la réalité dépasse la fiction (Vampyros: quando a realidade ultrapassa a ficção), do francês Laurent Courau, cerca de 15 mil herdeiros de Drácula perambulam hoje pelas grandes cidades. “Amsterdã, Paris, Nova York, Veneza e New Orleans são as preferidas”, cita o autor.

Courau pesquisou a presença de “vampyros”no Brasil e entrevistou Lord A., 28 anos. Veteranona cena gótica paulistana, Lord A. trabalha comowebdesigner durante o dia e, por isso, preferemanter em sigilo seu nome de batismo. “Háquem pense que nós fazemos rituais satânicos”, justifica ele. Segundo o webdesigner, que dáaulas sobre vampiros em um centro místicode São Paulo, os fãs que reproduzem o visual e os hábitos dos mortos-vivos são chamados de “vampyros”, com y. “Livros de Anne Rice, como Entrevista com o vampiro, fizeram com que o personagem deixasse de ser um monstro para se tornar um ser com paixões e dilemas existenciais”, explica Lord A. Condenado à imortalidade, o vampiro busca entender a si mesmo e também aceitar a sua condição de imortal. De maneira análoga, os vampyros da vida real sentem-se bem ao exercer sua individualidade, mesmo que de uma forma aparentemente sinistra.

Há quem não se contente em ler clássicos dehorror e desfilar em trajes vitorianos. O paulista Cristiano Marinho, 29 anos, por exemplo, alongouos próprios caninos e, apaixonado pelo assunto, adotou o pseudônimo Kizzy Ysatis, com o qual assina Clube dos imortais, seu primeiro livro. Na obra, um jovem é assombrado por um vampiro enquanto seus amigos se unem para resgatá-lo e percorrem cenários sombrios da capital paulista. Antes mesmo de ser lançado, o livro arrebatou o prêmio Rachel de Queiroz de melhor romance, concedido pela Associação Brasileira de Escritores. “Quem embarca nessa viagem se transforma. Basta colocar a capa para que os gestos se modifiquem”, diz o escritor.

Entre as moças, espartilhos, botas e rendas desempenham a mesma função. “Tenho dois armários, um para as roupas convencionais, que uso de dia, e outro para as que uso à noite”, conta a também paulista Luana Ferreira, a Lua, 22 anos, dona de uma oficina de customização de moda. “Fui atraída a esse universo pelo visual dos personagens e pelo romantismo das histórias”, diz. Desde o clássico Drácula, escrito por Bram Stocker em 1897, livros e filmes sobre o assunto não param de despertar fascínio. Recentemente, foram anunciados dois novos filmes sobre Vlad Tepes, o príncipe romeno que inspirou a lenda do Conde Drácula. A Universal adquiriu o roteiro Dracula year zero (Drácula ano zero), de Matt Sazama e Burk Sharpless, e a Sony vai adaptar o romance biográfico The historian (O historiador), de Elizabeth Kostova, com filmagens previstas para 2007. Dentro e fora das telas, os vampiros nunca morrem.

Fonte: IstoÉ 15/11/06