Estou de passagem neste mundo,

Mas deixo aqui o registro de minhas palavras.

Eu sou o peregrino do tempo.


quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Kizzy "palitinho" Ysatis por Olívia Franchi
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O que tentei dizer


Olívia Franchi para mim
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Difícil encontrar palavras que dancem e saibam fluir. Difícil encontrar textos que reúnam essas palavras e que criem a fórmula inspiradora capaz de seqüestrar para o íntimo de uma história os leitores, melhor dizendo, as vítimas de um romance tão belo. Como aquele que comecei a ler.
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E as palavras que não foram ditas, por motivo da terrível seca que invade a garganta dos mais tímidos, são agora redigidas. [Olá... eu sou a Olívia, com acento no “i”, aquela que, no meio das pessoas que levavam livros, resolveu levar um caderno do Transformers (risos). Espero que se lembre de mim].
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Existem muitos livros bons espalhados pelas prateleiras do mundo, mas nem todos são tão especiais quanto um livro que comecei a ler há algum tempo. Bastou que eu lesse o primeiro capítulo. Ah, o primeiro capítulo, que tanto me inebriou naquelas primeiras páginas... Já havia meses em que eu ia sucumbindo aos tênues toques de uma densidade que aos poucos me tomava o âmago e roubava a vontade das minhas palavras. Mas pela primeira vez, depois de meses, consegui pegar a caneta, o caderno, as idéias e voltei a escrever. Digo as seguintes frases sem exagero: para quem gosta, escrever é terapia. Para quem ama, escrever é uma certeza (nem que seja apenas para si mesmo) de que se está vivo. Bem, é a minha concepção. Compreenda, foi deveras importante eu voltar a escrever naquele momento. E foi com a ajuda de um livro. As suas palavras, ali contidas, eram maravilhosas! Kizzy Ysatis, muito, muito obrigada por Clube dos Imortais!
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Mal vejo a hora de começar a ler Diário da Sibila Rubra :)
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Ah, desculpe por, depois, começar a falar de um vampiro imaginário e um reino mágico paralelo que... Bem, me senti uma idiota naquele momento (risos). Mas entenda que cérebros envergonhados não funcionam plenamente...! E tem mil coisas que eu gostaria de lhe dizer, mas opto por conter-me. Quando começo a escrever eu realmente me empolgo!
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Hoje (ou, contando pelo horário, ontem) eu cheguei da Bienal do Livro e fui procurar o seu blog na internet. Achei. Li. Reli. Depois pensei em enviar um e-mail. Estremeci. Voltei ao blog. Li. Reli. Parei e olhei um Não Sei o Quê, no Vácuo. Minutos (que até agora não sei se foram cinco, dez ou trinta) mais tarde, resolvi que lhe mandaria um e-mail ainda antes de dormir, porque se eu adiasse para o dia seguinte, correria o risco de adiar para sempre... pois bem!, mandei! (risos)
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Eu tentei me conter para não escrever demais, mas acho que passei dos limites de linhas que eu havia tecido com lã invisível. Certo, se foi o caso, desculpe por perturbá-lo. Entretanto, permita-me a audácia de aguardar ansiosamente por uma resposta.
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Beijos
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Da apreciadora de sua escrita,
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Olívia*
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... Era um tesouro. Eu tinha um pequeno caderno em que depositava as anotações mais preciosas. Contudo, bastaria copiar as anotações para outro lugar que o caderninho perigaria perder seu valor. Eis que um homem de cartola pôs ali um pouco de suas palavras também. Virou tesouro eterno
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Cara Olívia

Seu jeitinho tímido é cativante e conquistou a todos na Bienal, até o Lese Pierre, você estava tão vermelha e lacrimejante e suspirosa a ponto de eu pensar que fosse desabar no choro, aí eu não saberia o que fazer.

Desculpe pela demora da resposta. Espero continuar te inspirando e desejo que se torne uma grande escritora. Na perca o evento
Prática de Escrita
, terá a chance de aprender mais com gente que é referência para mim, como a Flávia Muniz, por exemplo, de quem muito lhe falei na Bienal.

Também gostei de vê-la na semana seguinte na Bienal junto das sempre animadas e adoráveis Lílian e da Marina, inclusive da sessão de desenhos e de nossa jornada pela Bienal. Um belo quarteto formamos. Sobre a visita ao museu da língua. Vamos ver, ando atarefadíssimo entre a nova escrita e os eventos de divulgação do Diário.

Enfim e sobre o que escreveu em seu segundo e-mail, coloquei abaixo um trecho que chamou-me atenção:

Foi bom rir com você hoje. É nessas horas que me surge a vontade de montar algo como um diário, para conservar dias incríveis no papel.
Adorei ouvir você falar sobre suas criações, livros, inspirações...
Aliás, lembro-me de quando falou sobre a “brincadeira” de Clube dos Imortais, que era fazer com que os leitores “acreditassem” no sobrenatural. De fato, confesso que, enquanto leio, sinto como se todo aquele mundo existisse de verdade. Magia que só acaba quando fecho o livro. E, folheando-o, encontrei uma frase de Luar que me chamou atenção: “Sou um vampiro! Para minha biologia não existe explicação científica. Sou uma coisa sobrenatural, uma vez explicada, deixarei de sê-la”. Não sei nem expressar o quão fantástica é esta frase! Esta foi a bordoada que me jogou de vez para dentro do livro...

Por essas e outras que insisto num escrever diferente. Não quero que meus leitores apenas gostem do que escrevo, mas que sintam uma sensação de preenchimento, deixar algo com que possam criar e quiçá sonhar, refletir. Isso faz da literatura uma arte para mim; assim como quando foi quando Li Os Sofrimentos do Jovem Werther (obra de Goethe). Ali vi que se podia contar uma história a deixar que as reflexões das personagens falassem mais a alma, alma essa que de tão fecunda, tornar-se-ia formadora de opinião.

Obrigado pelo desenho “Kizzy palitinho” que fez de mim. Amei!

Beijos

Kizzy

2 comentários:

OL disse...

Muito obrigada por colocar meu e-mail aqui, isso é realmente, realmente emocionante! [Pôs até meu sobrenome, estou me sentindo gente importante(risos)] E obrigada pela resposta, me deixou feliz!!
Kiiizzy, você postou até o palitinho que eu fiz!! Tomara que ele tenha lhe rendido um sorriso!=D
Espero que possamos nos ver de novo e quem sabe reunir o quarteto para mais jornadas! (risos)
Adorei mesmo cohecer você.
Beijos

Olívia*

Kizzy Ysatis disse...

Eu que agradeço seu carinho, Olívia!

Também adorei conhecê-la.

bjs