Estou de passagem neste mundo,

Mas deixo aqui o registro de minhas palavras.

Eu sou o peregrino do tempo.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008


Me desculpe o Bode, quis fazer surpresa e nem disse que ia. Fui mas não cheguei. Atrasei na Anhembi campus centro, resolvendo burocracias na antiga facul. Dou parabéns mesmo assim ao Bode pela publicação notória. Também queria ter visto o povo da foice; entregado o Diário da Sibila Rubra do Cobbi, que ele me deu pra autografar, tragado com a Dê, enfim, entregado um pendrive com o 3º segredo de Maria ao Zed, conhecer o tal do Nelson de Oliveira etc. Conheço São Paulo na palma da mão, tá aqui desenhada, olhem... Mas andar é diferente de dirigir, ô se é... É mão pra cá, mão pra lá. Se deixar passar a entrada: oi marginal, de novo. Olha outro túnel! Que estamos fazendo na zona sul?! Cansei. Estava com o Solone; ia apresentá-lo ao restante do grupo. Mas já eram quase nove. Não dá tempo, deixa pra lá. Até o Zed já foi. Disse no telefone: vai até as noves. É quase nove, Solone, e ainda estamos no túnel. Aonde vai dar esse túnel meu-deus-do-céu? Fomos comer bolinhos de bacalhau numa cantina portuguesa no Tatuapé... Cerveja... Café no Frans (no Tatuapé é bom)... Cigarro... Gente bonita passeando... Era isso que queria, disso que precisava, novos ares, voltar para o Itaim, jamais! Ao menos não naquela noite. Passei a semana dizendo a mim mesmo que tinha trabalho transbordando e que não iria farrear na sexta. hunf! Mentiroso. O crime foi premeditado. Pronto! Decidimos pela balada, chamamos e Renato que estava por perto. Atropelei a culpa e deixei a vadia lá longe deitada na rua. Acabamos numa balada na Henrique Shaumann. Bebidas e pista cheia. Cigarro de menta (beija na boca e arrebenta)... e ambiente Noveau? Era o que a decoração dizia, mas quem tava ali nem sabia. Beijei uma garota com vestido vermelho. Mais uma noite de balada na cidade, dessas boas que se resolve de súbito, dessas poucas que não se esquece. Pela manhã na Dutra, há quase duzentos, me enfiei pelo teto solar, metade do corpo pra fora do carro. O sol, laranja e morno, abraçava gostoso. E com todo aquele vento, velocidade e embriaguez, veio aquela deliciosa sensação de liberdade, estiquei o braço pra frente, punhos fechados... Era o super-homem.

7 comentários:

Somerset disse...

Caramba, derepente minha vida de vestibulanda, menor de idade, que vive numa pequena capital do nordeste pareceu muitoooo chata... Queria tanto me sentir a mulher maravilha de vez em quando =/
rsrs

Anônimo disse...

Oi,Cris!

Como é bom sentir a liberdade de viver, né?!

Ei, cadê a continuação daquele texto da sua infância? O Arlindo ficou curioso... ele adorou a primeira parte!


Darkisses,
Lu

Anônimo disse...

Vendo o comentário da Mariana penso, pior eu, paulistana, prestes a completar 18 anos e não aproveito nada dessa cidade...
O máximo foi ir na Augusta e no Madame fugida de casa (coisa q dificilmente voltarei a fazer, fugir d casa eh um porre).
Adorei o post, é dovertido de ler :)
Bjão!

Kizzy Ysatis disse...

Mariana

Às vezes não importa onde estamos mas com quem estamos, isso é o mais importante e vc já encontrou.
.............

Lu

prometo encontrar o caderninho onde rabisquei aquele texto de mogi. que legal que o arlindo ficou interessado. manda um abraço pra ele.
.....................

Jéssica

não vale a pena fugir de casa, é mais legal sair quando está tudo certo e deixar as portas abertas. e vc que é baladeira e aventureira, não se preocupe, nunca é tarde pra começar a fazer turismo na própria cidade, são paulo é uma delícia e tem um monte de coisa acontecendo na teia da cultura e ainda de graça. o que é ótimo.

informe-se e aproveite

bejos a todos

Anônimo disse...

Ei... Não é da minha conta, mas o que vc foi fazer na Anhembi?!?! O Arlindo curtiu muito aquele texto por motivos pessoais. Também andou visitando os lugares em que passou parte da infância (em Guaianazes)... e pediu "bis"!


Darkisses,
Lu

Anônimo disse...

Na Anhembi fui pedir os conteúdos programáticos, isto é, planos de ensino, que são as descrições das matérias que concluí pra dispensar diciplina no curso de jornalismo que comecei na UNICSUL. Não quero ter as mesmas matérias de novo. rs. Já que editoração e jornalismo tem base em comunicação social.

bjs

kizzy

Anônimo disse...

Uau! Vc vai fazer jornalismo?! Que legal... Fico (super) feliz que tenha voltado a estudar!!! Vc sabe como eu ADORO estudar, né?!!?


Darkisses.